Bem vindos, eu sou Min-Rá, filha de Og-Min, o guardião
estelar. Quero contar-lhes a história da transformação do grande campo estelar
de Órion.
Antes das eras em que o filho do Uno Universal chamou à vida
este Universo, todas as estrelas e todos os seres estavam envoltos na vibração
da harmonia dourada. Logo os seres tomaram consciência de que havia diferentes
dimensões neste Universo, e começaram a perceber as diversas vibrações. Cada
vez mais a percepção foi se tornando uma avaliação e ganhando espaço. Abria
portas e portões às hostes caídas. E então o filho amoroso criou este Universo,
no qual os filhos de Deus fazem sua escolha e, como os filhos e filhas
“perdidos”, podem encontrar o caminho de volta à casa paterna.
Não esqueçam isso, enquanto ouvem a história dos campos
estelares de Órion.
Na fase das vibrações douradas, o filho do Uno Universal
enviou a Órion, dos salões do Sol Central, oito seres que haviam concordado em
servir como guardiões daqueles mundos.
Esses
seres construíram sua morada nas três estrelas às quais vocês dão o nome de estrelas do Cinturão de Órion.
Ali reinava, havia muito tempo, uma vibração diferente
daquelas encontradas nos outros corpos celestes deste grande campo estelar. A
estrela central forma o “Olho” de AN, aquele portal que será cruzado por Gaia,
e com ela o sistema solar de vocês, na viagem de volta.
Os oito seres divinos pesquisaram os mundos e, cheios de
alegria, descobriram que eram mundos materiais. Admitiram em suas assembleias
um conselheiro de cada estrela, e assim formou-se o Conselho Supremo de Órion.
Eles voltaram a Al Nilam para deliberar sobre os meios de
aumentar a felicidade e o bem estar sem seus campos estelares. Os mundos
queriam desenvolver-se imbuindo de espírito a matéria preexistente e
habitando-a. Eles lançaram ao Universo o aviso de que todos os que se
encontravam no desdobramento da matéria seriam acolhidos ali calorosamente.
Durante a fase dourada, surgiram muitos viajantes das
estrelas solitários que se uniram para sondar esse mundo da matéria. E eles
todos viviam e se desenvolviam em paz e companheirismo. Encontraram meios de
desvendar o segredo das rochas e, em benefício de toda a sociedade, começaram a
canalizar as águas até então ocultas.
Quando as notícias de um mundo material alcançaram as
escolas de Sirius, muitos de seus
habitantes – sobretudo os que estavam estreitamente ligados aos seres de Lira – decidiram ir a Órion para sondar
as leis da matéria e estudar a forma do triângulo naqueles níveis. O Conselho
Supremo de Órion deu-lhes as boas-vindas, permitindo que investigassem todos os
mundos.
Ali, finalmente, eles conseguiram a manifestação no corpo e
descobriram que a tensão entre o “+” e o “-“ mantinha coesa a matéria.
Quando, depois de certo tempo, seus vastos conhecimentos os
induziram a se sentirem como criaturas superiores, começou a formar-se uma
sociedade hierárquica na qual haviam senhores e servos – assim vocês os
chamariam em seus idiomas terrenos.
Muitos viajantes das estrelas vieram a esses mundos, com
diferentes intenções.
Logo o abismo entre servos e senhores tronou-se
intransponível, principalmente quando os senhores começaram a praticar o
comércio com outros mundos. Pois, através do conhecimento dos segredos “ + “ e
do “ – “, era-lhes possível retirar elementos das rochas, que acumulavam em si
energias imensas. E todos os mundos materiais necessitavam dessas energias, por
terem esquecido que a verdadeira energia é o alento de Deus ( vácuo quântico ?? )
Esta situação tornou tão profundo o abismo social, que
alguns senhores começaram a olhar seus servos com desprezo.
O conhecimento se transformara de tal modo em poder que a
“massa servil” pouco a pouco foi levada a acreditar que realmente era de menor
valor. Foi assim que surgiu, através da cisão entre matéria e percepção, a fase
vermelha do campo estelar de Órion.
Os oito guardiães solares do Conselho Supremo deram início a
uma série interminável de diálogos com os oito guardiães dos mundos, pois
conheciam os sofrimentos do povo e para eles, que tinham vindo da Unidade, essa
situação era intolerável.
Os guardiães dos mundos, contudo, sentiam que a rigidez era
um fenômeno natural, pois, segundo seus conhecimentos, a forma surge a partir
da matéria adensada. Decidiram esperar o desenvolvimento da situação,
observando tudo em silêncio, para mais tarde poderem sondar-lhe o sentido.
Como de costume, os recém chegados apresentavam-se diante do
Conselho Supremo e, após deliberações, a cada um deles era conferida a posse de
um mundo. Mas essas deliberações tronavam-se a cada dia mais morosas., uma vez
que aumentavam as divergências de opinião entre os guardiães solares e os
guardiães dos mundos. Os guardiães Solares perceberam, com sua sabedoria, que a
ilusão da separação finalmente se estabelecera também em sua dimensão.
Meditaram no Uno Universal e assim aprenderam que a harmonia da criação do
Universo faria com que aquela ilusão desaparecesse por si só. Sentiram, nas
profundezas do Eu, que haviam concordado em fazer a jornada através do
sofrimento. Mas sempre iriam lembrar da Unidade que repousava no âmago do Eu,
que haviam concordado em fazer a jornada através do sofrimento mas sempre iriam
lembrar da Unidade que repousava no âmago do Eu.
E assim chegamos à escolha do primeiro líder espiritual em
toda a história do Universo. Com o título de “Príncipe da Paz”, tinha como
missão manter na consciência a Unidade e falar sobre o sentido da Unidade.
O Príncipe da Paz pediu aos guardiães dos mundos que
escolhessem um representante da Justiça, pois queria percorrer seus mundos a
fim de restaurar a paz e a justiça. Saibam, amados irmãos, que a justiça é
sempre derivada do material, mas a paz é derivada do Ser Uno.
A missão a que eles se propuseram, nas névoas da separação,
nunca seria cumprida; com o fracasso dessa missão, eles começaram a exaurir-se.
Buscaram medidas corretivas, escolhendo novos representantes a intervalos
regulares, mas com isso só se fortaleceu ainda mais a “experiência” da
separação.
O Príncipe da Paz sentia-se superior em sabedoria aos mais
jovens, e assim a arrogância fez a sua entrada. O vale de lágrimas se abrira.
Mesmo depois de muitos e muitos ciclos de governo, não lhes
foi possível restaurar a paz e a justiça. Todos estavam exauridos.
Surgiu então um viajante da estrela em trajes negros,
acompanhado de sua comitiva, que lhes mostrou como ele próprio e seu povo
podiam transformar a matéria em “Luz”. Esse ser vestido de negro propôs
oferecer essa tecnologia ao campo estelar, se lhe fosse dado espaço.
Pela primeira vez em muito tempo, o Conselho Supremo de
Òrion conseguiu unanimidade – aquela energia de “Luz” era com certeza a solução
esperada. Os conselheiros solares lembravam-se de sua luz solar, enquanto os
conselheiros dos mundos há muito tinham como seu maior objetivo transformar a
matéria em luz.
O Príncipe da Paz que então reinava consultou seu coração e
examinou os negros viajantes das estrelas. Embora também impressionado com
aquela nova tecnologia, ele notou a ausência da Centelha da Unidade naqueles
senhores vestidos de negro. Recomendou cautela, mas por fim chegou-se ao acordo
de que aquele viajante, cujo nome era Karon, poderia com seu povo habitar o
mundo de Rigel.
Foi assim que os Senhores Negros entraram em Órion; e foi
assim que a fase negra teve início.
Mas os senhores negros e seus acompanhantes eram anjos
caídos, tão profundamente mergulhados na matéria que a centelha divina
desaparecera totalmente de sua memória. Eles atormentaram a matéria por muito
tempo, até cindirem seu núcleo divino. Com isso, podiam fazer surgir aquilo que
chamavam de “luz”, uma forma de energia que devia sua força descomunal à quebra
da Unidade Divina.
Em Rigel, os senhores negros começaram a construir suas
negras cidades e sua minas. Com explosivos, rasgavam o coração das montanhas e
abriam túneis e cavernas e, com a liberação dos resíduos venenosos, poluíam as
águas.
A população adoeceu. A água pura tornou-se o artigo mais
cobiçado; ante a promessa de um gole de água pura, as pessoas deixavam-se
escravizar e trabalhavam nas minas em condições de indescritível miséria.
Quando finalmente a água pura se esgotou em Rigel, os
senhores negros armaram um exército, atacaram Saiph e subjugaram esse mundo. Depois consquistaram Bellatrix e
Betelgeuse.
Os mercenários da primeira hora observaram que sobre cada
mundo por eles conquistado logo se abatia a mesma calamidade, e começaram então
a transmitir suas experiências ao povo de Betelgeuse.
Os líderes de Betelgeuse, criaturas amantes da paz, amavam
seus penhascos e seus belos canais. Solicitaram audiência aos senhores negros,
tentando chegar a um acordo pacífico. Mas depararam com uma inflexibilidade de
granito. Os senhores negros se enfureceram – nunca antes acontecera de escravos
se erguerem contra eles. Isso para eles era intolerável !!
Eles próprios já não davam mais valor à água pura, pois há
muito tempo tinham se adaptado aos resíduos venenosos.
Atiraram na prisão os líderes de Betelgeuse e os torturaram
por tanto tempo, até que acabaram por arrancar deles os nomes dos traidores.
Prenderam esses mercenários e neles implantaram minúsculas chapas metálicas,
através das quais podiam saber, a qualquer momento, onde eles estavam, o que
eles viam, o que diziam e o que faziam. Essas chapinhas metálicas eram ligadas
por fios, da espessura de um fio de cabelo, a todos os centros nervosos que
governam as sensações corporais. Quando uma das vítimas queria fazer alguma
coisa que não estivesse nos planos dos senhores negros, eles enviavam impulsos que
faziam a criatura dobra-se de dor. Como vocês veem, os senhores negros eram
bastante engenhosos !
Eles acabaram percebendo que, através da dor, praticamente
tudo podia ser alcançado. Por isso, continuaram seus experimentos em
Betelgeuse, e conseguiram aperfeiçoar a técnica de implante e fazer conexões
tão perfeitas que beiravam a genialidade. Logo aquelas criaturas, antes livres,
haviam se transformado em robôs sem vontade própria. Através desses seres
“artificiais”, os senhores negros alcançaram seus objetivos com muito mais
rapidez, já que em sua central observava-se tudo o que cada um fazia sem eu
ambiente.
E então se dispuseram a colocar sob seu controle todo o
campo estelar, principalmente o Conselho Supremo e o Olho de AN. Para esse objetivo,
alguns de seus cientistas fizeram experiências com as células dos escravos.
Segundo o princípio da divisão nuclear, decompuseram as células de suas vítimas
e tentaram, com essas partes, criar novos seres que fossem semelhantes aos
originais e agissem como eles. Assim, criaram os clones, que reabasteciam as
fileiras de seus exércitos como receptores de ordens sem vontade própria.
Graças aos escravos, conseguiram também uma célula do
representante da Justiça de Betelgeuse, pois o Príncipe da Paz e o representante da Justiça continuavam
ainda em sua interminável missão. Os senhores negros estavam agora em condições
de clonar o representante da Justiça e substituí-lo. Com isso, o Conselho
Supremo de Órion nunca chegaria a qualquer decisão e vaguearia, como todo o povo,
pelo vale de lágrimas.
Quanto mais espaço ganhava a não-luz, mais o Príncipe da paz
e os guardiães solares lembravam-se da Unidade original e descobriram, após
longa contemplação, as diminutas centelhas divinas no coração dos senhores
negros. Isso lhes permitia diferenciar os clones das personalidades reais. Sempre que eles se uniam em amor com essas
centelhas divinas, os senhores negros recuavam, pois este era um segredo
que não compreendiam e, por mais que o tentassem, nunca foram capazes de
descobri-lo. ( E parece que hoje em dia uma grande parte da humanidade está
assim )
Apesar desse saber, os guardiães solares foram obrigados a
ceder aos senhores negros os corredores aéreos de cada mundo, simbolizados pela
espada da Constelação de Órion. Devido a isso, perderam contato com as naves
que ali aportavam e dali decolavam.
As estrelas do Cinturão de Órion, porém, estavam protegidas
por seu conhecimento da essência divina, uma vez que metade dos habitantes de
cada uma dessas estrelas se compunha de descendentes diretos dos guardiães
solares, sendo assim portadores da Sabedoria Divina.
Esses seres eram os guardiães da luz e reuniam-se
constantemente em sessões nas quais fortaleciam o coração e instruíam a alma,
de modo que gradualmente recuperaram as capacidades telepáticas que tinham
caído no esquecimento. Vivendo em permanente oração e constante invocação, eles
sabiam que no extremo do vale de lágrimas uma nova manhã iria raiar.
Com a ocupação e transformação dos corredores aéreos, as
notícias sobre os acontecimentos em Órion logo alcançaram os outros mundos
estelares.
Mesmo que de início os senhores negros tenham conseguido
várias vezes clonar alguns viajantes das estrelas, através dos quais puderam
atacar outros mundos, muito rapidamente secou a corrente de naves de luz para
Órion. As sementes da violência, porém, tinham irrompido... E o Universo foi
abalado.
Os salões de Og-Min estavam cheios de tristeza e em todas as
comunidades estelares os seres meditavam sobre uma solução e pediam ajuda ao
Pai e ao Filho.
Que a oração eterna de Og-Min
esteja com vocês. Eu sou Min Rá. Bênçãos.
Do livro "Os caminhos das estrelas - A cura da dualidade."
Do livro "Os caminhos das estrelas - A cura da dualidade."
Nenhum comentário:
Postar um comentário