Bênçãos e boas-vindas. Eu sou Monka.
Permitam que eu lhes relate como ocorreu o fechamento da
Escola dos Verdadeiros Guerreiros.
Nós marcianos éramos um povo próspero, e graças à tecnologia
das pirâmides pudemos aumentar a nossa força e nosso saber. Erigimos nossas
cidades com pirâmides, de modo que cada casa estava ligada à multiplicação da
energia Divina. Por muito tempo vivemos uma vida agradável aos olhos do Todo,
desenvolvendo nossa força e nossa consciência em perpétua ligação com o Uno
Universal.
Mas logo ficamos sabendo, por intermédio dos viajantes das
estrelas que nos visitavam, das mudanças ocorridas em Órion, do começo da fase vermelha. Nossos
sábios perceberam, como resultado de sua contemplação, que transformações radicais
tomavam o rumo de Marte.
Por isso, nossa sociedade decidiu criar a Escola dos
Verdadeiros Guerreiros. Construímos uma pirâmide particularmente grande e
desenvolvemos nossa técnica até sermos capazes de transformar energia em Luz e,
com esses raios luminosos, “forjamos” espadas de luz. Deixem-me esclarecer bem
este ponto: é claro que a espada de luz não era uma arma, no sentido terreno.
Era, e ainda é, um símbolo da corrente do verdadeiro poder Divino aqui e agora.
Cada discípulo, aprendendo a manejar a espada de luz, passou
por muitos processos de iniciação. Aprendeu que a raiva e a ira o desviavam do
verdadeiro acontecimento; aprendeu que o ato de erguer a espada de luz o
ajudaria a executar, totalmente centrado no momento certo e no local certo, a ação
que ele agora expressava no nível Divino.
Muitos dos alunos que se tornavam Guerreiros da Luz
uniram-se aos viajantes das estrelas, enquanto outros, como eu, permaneceram em
Marte para instruir novos discípulos.
Através do intercâmbio – vocês o chamariam de “comércio” –
que mantínhamos com outros mundos, desenvolveu-se também na nossa sociedade uma
hierarquia, e logo alguns de nossos irmãos começaram a se comportar como
senhores.
Os sábios de nossa Escola conseguiram manter o equilíbrio
durante muito tempo, mas, quando se iniciou a fase negra de Órion, muitos deles foram iludidos pelo poder
evidente dos senhores negros. Eles esqueceram que o verdadeiro poder é uma
expressão viva do coração da natureza Divina.
Foi então que chegaram até nós os primeiros emissários dos
senhores negros, exigindo que lhes ensinássemos a arte da divisão nuclear, pois
eles acreditavam que essa técnica os tornaria ainda mais poderosos. A situação
precipitou-se; a Escola dos Verdadeiros Guerreiros perdeu toda a influência
sobre os acontecimentos. Fomos descritos como hipócritas sonhadores que
rodopiavam em volta de uma pirâmide pedindo pela unificação com o Todo. Os
escravos e clones enviados de Órion sabiam muito bem o que lhes cabia fazer, e
logo a nossa sociedade estava totalmente desenraizada.
Minas perfuraram o nosso planeta, antes densamente coberto
por florestas, e nossa água se poluiu. Nós, os discípulos das espadas de Luz,
erguemos um monumento em memória das pedras mortas, cujas almas foram roubadas
pelas explosões. Ainda assim, esperávamos que a ruína do nosso planeta fosse
percebida nas amplidões do Universo. Continuamos treinando nossa consciência e
nossas habilidades, mas agora tínhamos de fazê-lo em segredo. Por meios
telepáticos, lançávamos nossos pedidos de ajuda para o espaço sideral, sabendo
que no momento certo nosso chamado seria ouvido.
E então caíram os dias negros sobre Marte.
Muitas de nossas usinas tinham sido construídas com o
objetivo específico de proteger a atmosfera, pois sabíamos das aparições
cíclicas de Marduk ( Marduk ou Maldek
dizem ser um planeta que explodiu e gerou o *cinturão de asteroides entre Marte
e Júpiter, mas isso é assunto para outro post ), que sempre ao aproximar-se de
Marte, provocava tremendas mudanças climáticas.
E Marduk logo estaria claramente visível no firmamento.
Nossos astrônomos haviam calculado sua trajetória, e sabíamos que desta vez o
perigo seria imenso.
Julgamos necessária a evacuação do planeta, mas, ao falar
com nosso povo, encontramos ouvidos surdos. Os poucos que acreditaram em nós
reuniram-se na grande pirâmide de nossa Escola,vivendo horas difíceis.
Encerrados num espaço exíguo, era imperativo resistirmos ao medo.
Nossas naves estavam prontas, e já o planeta Marduk lançava
sobre Marte uma chuva de indícios de sua chegada; foi exatamente nesse momento
que surgiram os senhores negros, com suas tropas para se apoderarem da nossa
pátria !
Uma angústia infinita nos dominou.....
Para os guerreiros
das espadas de luz, o anseio do coração não é lutar, mas salvar o maior número
possível de vidas. Para muitos, isso significava uma severa provação; porém
eles agora compreendiam o verdadeiro poder da espada de luz. Com sua ajuda,.
Construímos um campo de força que neutralizava toda a separação, permitindo que
nossas naves decolassem sem nenhum obstáculo.
Enquanto a guerra bramia sobre Marte, chegou-nos uma
mensagem de Ashtar, pedindo que abandonássemos a Escola e nos uníssemos aos
exércitos da Luz. Ali cada um de nós recebeu novas atribuições, inclusive meu
filho Soltec, que, por seus conhecimentos, foi nomeado chefe da seção técnica.
Os marcianos que conseguiram escapar ao massacre
dispersaram-se pelos diferentes mundos. Aonde quer que fossem, tentavam
transmitir seus conhecimentos aos habitantes locais. Frequentemente criaram novas
escolas da verdadeira comunidade guerreira e ordens espirituais.
Marte foi totalmente destruído, não restando ali nenhuma
forma de vida; o rosto petrificado do planeta serve como advertência para todo
o Universo.
Não cortes a Unidade
Divina, pois com isso destruirás o Eu.
Desde essa época eu sirvo a Ashtar e a Nosso Senhor Jesus
Cristo nas fileiras da Irmandade Espacial. Muitas vezes encarnei nos mundos,
para ensinar a mensagem dos guerreiros da Luz.
Guerra, amados irmãos, é uma palavra que evoca dor e tristeza,
mas o que faz surgir essa dor é a guerra da dualidade dentro de cada ser. A
missão do Guerreiro da Luz, do que combate pela Verdade, é enfrentar sua
própria sombra aqui e agora; é reconhecer a sombra como um outro Eu,
aceitando-a e a liberando na verdadeira Unidade do coração, onde cada dualidade
se liberta na Unidade com tudo o que existe.
Permita, então, que os Guerreiros da Luz despertem agora
dentro de você, empunhe sua espada de
Luz e enfrente a si mesmo nos mais escuros recônditos da sua consciência.
Reconheça que todos os papéis que você assumiu nos seus
caminhos das estrelas foram de sua própria
escolha e também sua própria criação, e assim você poderá, aqui e agora,
através da ação forte e luminosa, reunificar os seus papéis sombrios naquela
Unidade que você é e sempre foi.
Essa “luta” dentro de
você é uma espécie de dança, e quando você constrói uma pirâmide bidimensional
com a espada de luz sobre sua parte clara e sua escura, e então abre seu
coração e aceita o seu lado escuro, então você se conduzirá de novo à Unidade,
que sempre será a salvação.
E então a sua espada
de luz tornar-se-á, mais e mais, o cetro da autoridade Divina.
Que assim seja. A
força está aqui e agora.
Eu sou Monka, e minha
força é a sua força. Pois eu sou um outro você. Bênçãos.
Do livro "Os caminhos das estrelas - A cura da dualidade."
*Cinturão de
asteroides entre Marte e Júpiter - O cinturão principal situa-se entre Marte e
Júpiter e tem em torno de 1/20
da massa da Lua. A gravidade de Júpiter inibiu
a formação de um
planeta nesta região. Os asteróides ali formados são misturas variadas
de rochas e metais. O cinturão principal tem em torno de 200.000
asteróides catalogados. O maior asteróide no cinturão é Pallas com
500 km de diâmetro, e poderá ser reclassificado como
planeta anão.
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